A Inesperada União da Tecnologia e da Arte

Em 1993, quando ainda navegava no auge da minha carreira em Tecnologia da Informação, vivendo com plenitude e paixão a trajetória técnica que escolhi, algo inesperado começou a pulsar dentro de mim. Uma inquietação silenciosa, uma necessidade visceral de buscar novas formas de expressão — menos racionais, menos binárias, menos feitas apenas de bits e bytes.

Foi uma espécie de chamado interior.

Senti, de forma quase inevitável, que precisava explorar territórios mais humanos, mais sensoriais, mais emocionais. Um campo onde as linhas de código, bits e bytes dessem lugar a linhas de cor, de movimento, de emoção.

Foi assim que decidi me matricular na Licenciatura Plena em Artes Plásticas, na tradicional Faculdade de Artes Dulcina de Morais. Ali, mergulhei em um universo novo e desafiador. Estudei com dedicação e encanto disciplinas que abriram portas que eu nem sabia que existiam:

  • Estética e História das Artes - A jornada milenar da criação humana.
  • Artes Cênicas e Interpretação Teatral - A magia do corpo e da voz em narrativa viva.
  • Folclore Brasileiro - As raízes pulsantes da nossa identidade cultural.
  • Comunicação Visual - A força da imagem estática em contar histórias.
  • Entre tantas outras, cada uma ampliando minha percepção do que é criar, comunicar e emocionar.

Essa imersão artística levou-me a uma revelação surpreendente, quase conflituosa: Eu estava duplamente apaixonado!

Por um lado, ainda me sentia plenamente realizado ao programar, criar soluções digitais e dominar as lógicas frias e precisas da tecnologia.

Por outro, descobri uma paixão intensa pelas artes visuais, pela expressão corporal, pelo teatro — formas de comunicação que pulsavam vida, interação e humanidade.

Por um tempo, acreditei que seriam duas carreiras, duas paixões que caminhariam lado a lado, paralelas, sem se encontrar, em trilhas distintas. Dois amores que exigiam espaços separados.

 

Até que... a tecnologia evoluiu.

 

A revolução tecnológica chegou, trazendo consigo uma explosão de cores, movimento e interatividade para os computadores pessoais e a nascente World Wide Web. Foi o estalo, o momento epifânico: As barreiras começaram a se dissolver.

De repente, vi o caminho para fundir minhas duas almas:

Não mais apenas bits, mas pixels vibrantes (Arte Digital).

Não mais apenas algoritmos funcionais, mas algoritmos geradores de beleza (Arte Algorítmica).

Não mais interfaces estáticas, mas mundos em movimento (Animações 2D e 3D).

Não mais programas utilitários, mas narrativas imersivas (Jogos Eletrônicos).

Não mais páginas de texto, mas experiências ricas (Conteúdo Interativo Online, Web Design).

A magia do Motion Graphics, a imersão da Realidade Virtual e Aumentada, a narrativa dinâmica do Design de Experiência do Usuário (UX/UI).

 

Eis a síntese: O pincel encontrou o pixel. A expressão humana encontrou o poder da máquina. Minhas duas paixões, outrora paralelas, fundiram-se em uma única corrente poderosa e inovadora. Hoje, elas não apenas coexistem; colaboram, sinergizam e criam uma nova linguagem de expressão, onde o rigor técnico dança em harmonia com a liberdade artística, tudo convergindo na tela lisa do monitor – meu novo e versátil ateliê.

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